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Lembranças

O deslumbramento, o sonho, a sedução, a celebração...

Lembranças

O deslumbramento, o sonho, a sedução, a celebração...

“Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça a doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada" - Caio Fernando Abreu, fragmento de “Deus é Naja”, em: Pequenas Epifanias, Rio de Janeiro: Editora Agir, 2006.
Nestes longos dias de reclusão e isolamento, A alma enclausurada nos tormentos da dor Das perdas inglórias e que a morte leva de raspão, Estes sentidos apertos, imensos de tão intensos, São vórtices, báratros, turbilhões abismais Agigantados nas entranhas do ser Que se revelam em pungentes sensações. A memória, desgastada no tempo, Descortina redutos efémeros, de marcas fundas, Feios vincos, pesados sulcos de fel, Que de tão intrincadamente obscuros, Mal se (...)