Fazer de conta!
Fazer de conta que sim
ainda que sintas que não,
que penses que talvez ,
ou que desejes que
a ambiguidade dos teus quereres
te manifestem a incapacidade de saber...
Fazer de conta que se é feliz,
que apesar dos pesares tudo caminha,
às vezes com alguma lentidão,
outras com enorme rapidez,
visando passar pelos intervalos
dos olhares distantes dos outros,
sem garantia nenhuma...
Fazer de conta que as escolhas
foram acertadas
quando a cada minuto do espaço vivido,
a cada instante do tempo,
cansado de ser,
descobres que
quase todas elas foram,
realmente,
deficientemente analisadas,
desacertadas por tal...
Que fazer,
quando os quandos já se movimentam
no interior
como se fossem ses e portantos,
que fazer quando,
se e portanto,
o faz de conta é
(quase) a totalidade da vida?!