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Lembranças

O deslumbramento, o sonho, a sedução, a celebração...

Lembranças

O deslumbramento, o sonho, a sedução, a celebração...

06 Mar, 2013

Porque sim...

Faz de conta que a vida,

lá fora,

aquela que é externa,

é apenas penumbra

e que se vislumbra,

somente por entre as lentes difusas,

sem valor porque desbotadas,

velhas e desfeitas... 
Faz de conta

que não aconteceu nada,

nunca,

nas manhãs de nevoeiro... 
Faz de conta

que os sentidos são vazios,

ocos de sentimento... 
Faz de conta

que fazemos de conta,

que somos gente feliz... 
Faz de conta...

Por que não? 
Hei-de abrir as asas e também fazer de conta,

porque sim...

De enfarpeladasocumveu a 22 de Janeiro de 2007 às 02:18
Fosca-se ", sabes sempre tudo, c'um carocho!!!" 

Mas, é realmente triste saber que se entende o futuro (e neste caso, tratando-se do futuro futuro, ainda pior, n'é ), como um passado que até já é datado (1998 já foi há tantos anos: 18 ou 19 anos)... 

Pois será para se ganharem mais umas boas "massas", claro! A mesmice manter-se-á, evidentemente, porque as pessoas exporem-se, trabalhar em cooperação, é bué difícil, traz muitos dissabores, muita insegurança pela admissão da profunda ignorância de cada um. E porquê? - perguntar-se-á. Porque, uma vez que a aprendizagem cooperativa assenta na premissa de que duas (pelo menos 2) cabeças pensam melhor do que uma, quem é que depois, aquando do pensamento/conhecimento construído, fica com o protagonismo? Ora!!!... Não pode ser!!! 

E, no que concerne aos alunos, convém à maior parte dos que com eles lidam, não os preparar para serem melhor do que eles próprios, pois, se isso acontecer, podem tornar-se génios. Ora, daqui resulta que isso não interessa, porque atribuir notas aos génios obrigará a "dar notas" superiores às que o próprio obteve. E, isso é um absurdo fenomenal, um aluno ter uma nota superior à do "mestre", onde já se viu?! Não, isso dói muito... 

Por outro lado lidar com génios, seria bué difícil. Já não seria possível "dar aulas" ouvindo-se o som "melodioso" da sua própria voz, nem se permitiria, ao "mestre", do alto da sua cátedra, cantar, como o galo, a sua lição de cor, qual papagaio/pavão bem falante e presunçoso do seu poder... 

Ainda poderíamos dizer que uma vez que a aprendizagem dos alunos é a meta de todo o ensino (isto implica obrigatoriamente considerar as suas necessidades e interesses/motivações individuais e, portanto, deveria ser o objectivo final para todos os professores. Assim, temos de, quotidianamente (de acordo com a ética profissional), agir por forma a desenvolver um percurso/processo em conjunto com o aluno (ele é a pedra fundamental) e que lhe permita atingir aquela meta, tornando-se noutro ser diferente pela aprendizagem efectuada. Todo este processo se traduz, para o professor, em trabalhar para cuidar do outro, (o aluno), para o fazer crescer, para fazer com que se ultrapasse a si mesmo, superando-se continuamente. E, para que isto seja possível, é necessário que a autonomia e a liberdade se exerçam, verdadeiramente. Claro que para tal (e isso é desempenhar a sua função), terá de ser capaz de colocar os seus interesses, ainda que legítimos, em segundo lugar. Ora aqui "a porca torce o rabo"!!!! E, faz-se de conta, claro!... Pois então!!! 


Enfim!!! Por tudo isto e por mais algumas coisas, é triste perceber que, o que muda, são apenas as moscas...