Fosca-se ", sabes sempre tudo, c'um carocho!!!"
Mas, é realmente triste saber que se entende o futuro (e neste caso, tratando-se do futuro futuro, ainda pior, n'é ), como um passado que até já é datado (1998 já foi há tantos anos: 18 ou 19 anos)...
Pois será para se ganharem mais umas boas "massas", claro! A mesmice manter-se-á, evidentemente, porque as pessoas exporem-se, trabalhar em cooperação, é bué difícil, traz muitos dissabores, muita insegurança pela admissão da profunda ignorância de cada um. E porquê? - perguntar-se-á. Porque, uma vez que a aprendizagem cooperativa assenta na premissa de que duas (pelo menos 2) cabeças pensam melhor do que uma, quem é que depois, aquando do pensamento/conhecimento construído, fica com o protagonismo? Ora!!!... Não pode ser!!!
E, no que concerne aos alunos, convém à maior parte dos que com eles lidam, não os preparar para serem melhor do que eles próprios, pois, se isso acontecer, podem tornar-se génios. Ora, daqui resulta que isso não interessa, porque atribuir notas aos génios obrigará a "dar notas" superiores às que o próprio obteve. E, isso é um absurdo fenomenal, um aluno ter uma nota superior à do "mestre", onde já se viu?! Não, isso dói muito...
Por outro lado lidar com génios, seria bué difícil. Já não seria possível "dar aulas" ouvindo-se o som "melodioso" da sua própria voz, nem se permitiria, ao "mestre", do alto da sua cátedra, cantar, como o galo, a sua lição de cor, qual papagaio/pavão bem falante e presunçoso do seu poder...
Ainda poderíamos dizer que uma vez que a aprendizagem dos alunos é a meta de todo o ensino (isto implica obrigatoriamente considerar as suas necessidades e interesses/motivações individuais e, portanto, deveria ser o objectivo final para todos os professores. Assim, temos de, quotidianamente (de acordo com a ética profissional), agir por forma a desenvolver um percurso/processo em conjunto com o aluno (ele é a pedra fundamental) e que lhe permita atingir aquela meta, tornando-se noutro ser diferente pela aprendizagem efectuada. Todo este processo se traduz, para o professor, em trabalhar para cuidar do outro, (o aluno), para o fazer crescer, para fazer com que se ultrapasse a si mesmo, superando-se continuamente. E, para que isto seja possível, é necessário que a autonomia e a liberdade se exerçam, verdadeiramente. Claro que para tal (e isso é desempenhar a sua função), terá de ser capaz de colocar os seus interesses, ainda que legítimos, em segundo lugar. Ora aqui "a porca torce o rabo"!!!! E, faz-se de conta, claro!... Pois então!!!
Enfim!!! Por tudo isto e por mais algumas coisas, é triste perceber que, o que muda, são apenas as moscas...